O Tribunal do Juri de Dois Córregos condenou, quarta-feira 27/03, a 48 anos de prisão os irmãos José Wilson Bezerra e de seu irmão, Elenilson José Bezerra pelo assassinato de dois adolescentes .
O assassinato, a tiros de revólver, dos dois adolescentes foi na noite do dia 14 de abril de 2017. O fato aconteceu na altura do cruzamento da rua Itu com a avenida Gália, no Jardim Bela Vista II, por volta das 23h50. As vítimas foram José Mateus Rampazo, de 15 anos e Luiz Otávio Bensi, de 16 anos.
Os dois adolescentes teriam morrido porque estavam no lugar errado na hora errada. José Wilson havia chegado a Dois Córregos há menos de um mês, vindo de Cupira, interior de Pernambuco, alegou que foi com a finalidade de vingar a morte de seu pai. Em companhia do irmão Elenilson, que residia próximo da casa de um dos adolescentes, abordaram um homem no bairro Jardim Paulista, em quem atiraram supostamente achando que fosse a pessoa que estavam procurando, embora não fosse. Acertaram apenas as nádegas do rapaz de 31 anos.
Os dois adolescentes andavam de bicicleta e teriam presenciado a tentativa de homicídio e foram mortos como queima de arquivo. Os assassinos ficaram com medo de terem sido reconhecidos como autores da tentativa de morte que acabavam de praticar. Teriam perseguido e Wilson atirou nos adolescentes.
Ambos chegaram a ser socorridos no Pronto Socorro da Santa Casa, mas não resistiram à gravidade dos ferimentos. Ambos eram estudantes. Um da Escola José Alves Mira, onde cursava o segundo grau e o outro estudante da Escola Agrícola de Jaú. Não tinham nenhuma relação com os acusados nem qualquer registro de natureza policial.
Elenilson José Bezerra foi preso no dia seguinte, em propriedade rural na divisa entre Dois Córregos e Brotas. José Wilson Bezerra fugiu, mas na semana seguinte se apresentou à polícia junto com a irmã que dera fuga.
Elenilson confessou o crime ao contar que o irmão teria sido o autor dos disparos. Os adolescentes não tiveram chance de escapar. Os disparos foram feitos contra a cabeça das vítimas.
O trabalho de investigação e prisão rápida de um dos acusados foi executado pela Polícia Civil, sob direção dos delegados Marcio Moretto e Marcelo Alves. Atuaram nas diligências os policiais civis Trevisan, Balivo, Negreiros, Eliezer, Cícero e Maurício, com apoio da Policia Militar.